sábado, 11 de setembro de 2021
desejo descalçado
te desejo como um grito do corpo.
naquele intervalo que deitei meu rosto no seu ombro e encolhi o meu movimento no seu colo. você supôs ser ninho, porto, ou coisa parecida. enquanto um braço me ancorava, o outro com seus dedos longos me percorria. eu ia cedendo mais a cada toque, e minha pele ia encostando mais na sua. sua mão me tateava, num ir e vir contínuo do vale da minha cintura até a montanha do meu quadril. entre eles a ponta de um ou dois dedos passeavam com afinco a lateral da minha calcinha. minha respiração parava quando o dedo pausava na calcinha. eu ia me rendendo a você, entregando meu corpo em sua direção. ousado, você avançou a fronteira do tecido e no giro do vestido adentrou minha pele. explorou o comprimento das minhas pernas, atracando outra vez em minha calcinha, mas desta vez, sem a camada do pano. deixou que seu dedo agarrasse a calcinha, movendo-a dali pra descalçar o desejo.
te desejo com minha nudez. sem calcinha.
Assinar:
Postagens (Atom)
70 anos e sonhando...
sonhos, os seus, não envelhecem. não porque sejam eternos - mas porque são renováveis, e mudam de cor. sonhando desde sempre, você não foi...
-
{...} desbravaríamos o mundo das cachoeiras, sem nunca esquecermos da primeira - inesquecível por assim dizer. áquaticos que somos, nos mant...
-
de tantas idas e vindas, ficamos ~ em nós. de lá pra cá, deixamos o itinerário errante e criamos margens para nossos afluentes. plantamos se...
-
há quem diga que o Manicômio de Barbacena era desumano, pois eu vos digo que fora justamente o ser humano quem o produziu (infelizmente prec...