ao olhar pra você, ainda que pondo meus olhos fixos em você, invariavelmente te perco. poderia supor que isso que evapora quando te olho é meu vício de linguagem narcísica. mas no instante que suponho me ver através de você eu também não chego até mim, esse mundo estrangeiro.
~ então, se olho e não te vejo, e se olhando também não miro no espelho, minhas lentes colecionam invenções. ~
mas as histórias não são tão livres quanto parecem: são troncos de uma única raiz. quando olho pra você, aterrisso em mim, e do solo que me habita brotam redemoinhos de um idioma inconsciente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário