domingo, 7 de novembro de 2021

o amor está na falta?

escrever é minha forma de tocar você na letra. esses dias duvidei de nós. oito dias cheios sem saudades. o amor está na falta? seguimos como um par sem nome, e isso me venda os olhos e me escancara o corpo. liberada da forma nominal, criamos presentes desencaixados. deixamos o futuro pra depois, e vivemos a urgência de tantos agoras. você entre os cacacóis da paternidade e da desterritorialização. nossos encontros têm começo, meio e fim. esse é meu jeito de me proteger de sua partida diária, sem que parte de mim vá junto com você. eu preciso ficar (em mim).

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