quarta-feira, 4 de maio de 2011
o trabalho de cada um
o trabalho é a minha forma de agir no mundo, é a minha tomada de consciência, é o negar da alienação, é a minha pequena fatia de intervenção, o meu trabalho é aquilo que faz do mundo um espaço inacabado e transpõe para as minhas ações a possibilidade de transformação. o trabalho não pode ser uma peça a mais da roda que a faz girar, o trabalho é um processo racional, é o poder de cada indivíduo de agir neste espaço que é nosso. o trabalho por sobrevivência retira toda a capacidade crítica do ser humano, limitando a sua ação a uma mera reprodução de interesses capitalistas. o trabalho é um eixo central e moralizante na sociedade brasileira, que coloca como vagabundos aqueles que não se inserem nesta lógica. mas esta lógica não parece interessante para um certo grupo da população, que por forças maiores, por uma leviana tentativa de ser parte, padronizando-se então, vai buscar o seu sentido nas fronteiras da legalidade. e quando aí se colocam não demora muito o escandalizar da lei, ditando a forma ideal de agir, ainda que as ações não sejam livres o suficiente. a lei padroniza, mas as oportunidades são desiguais. e nesta contradição latente eu me pergunto se sou eu, enquanto futura assistente social, quem deve libertar ou quem deve massificar o sujeito? e considerando que a ilegalidade é uma construção social, não será o ultrapassar das normas uma opção legítima de agir no mundo?
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sim, é uma opção legítima desde que o mundo é mundo e o homem não se submete ao segundo lugar e ao pouco. infelizmente.
ResponderExcluirnem todos, claro.
Fernand`s, talvez não se trate de quantidade, não há que se encher a mão, talvez seja uma questão de qualidade, de um canto pra chamar de seu, e assim se enxergar nesse mundo maior que a gente mesmo.
ResponderExcluirVocê bem disse, Cecilia.
ResponderExcluirEntão ta dito!
Grande abraço
Blakhorshed, se você assim diz, também está dito!
ResponderExcluirpois é C., o trabalho é a possibilidade de falar em voz alta, é pelo trabalho que o homem constrói o próprio mundo...
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