quarta-feira, 23 de maio de 2018

vim de lá, e vou pra lá

vim de lá, de um mundo bem particular. debruçava-me em olhos, e desmanchava-me em versos. enxergava poesia no sertão, e só percebia a seca depois de atravessar a estação. todo ano era a mesma cena, e nada de eu aprender a abandonar a vontade do mar. a miragem me tirava do conforto, e os passos nunca que me levavam até um porto. duvidei então da existência de um aconchego, e acreditei que a falta de ar era impulso pro lado de lá.

Um comentário:

o silêncio é o meu ato de fé

~ primeiro sábado de 2025.  há dois anos escrevo menos, falo menos, e também penso menos. mas nem tudo diminuiu: desde então eu sinto muito,...