terça-feira, 6 de novembro de 2018

tragédia entre molduras

quando há qualquer fresta de dor, aumento logo o volume, fecho as cortinas, anoiteço, fixo as retinas em memórias, naufrago em um desejo que nunca chega lá. se for pra morrer, que seja de amor, ou de dor. a dor é um tipo de amor? hoje reencontrei uma amiga que fiz no palco. a gente sonhou em ser atriz, e acabou sendo, mas na vida real. interpretamos muitas de nós mesmas, porém, sem máscaras. ela tem meu nome, e muito mais do que isso. ficou por horas ouvindo meus romances encerrados dramaticamente em lágrimas. achou bonita a tragédia de se sofrer por alguém, porque um grande amor pede um grande fim. no mínimo Romeu e Julieta.

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