sábado, 26 de março de 2016
das arte de biografar
da arte de biografar sempre me escapa o sujeito. nas letras ficam minhas lentes viciadas em entender um pouco mais de gente. todo aquele dinamismo do indivíduo se congela por bem mais que uma vida em folhas sedentas por imortalizar novas histórias. ali materializo um recorte, separo um ponto de vista e coloco um ponto final. mas é aí que tá. o movimento não interrompe, tampouco a respiração e muito menos a história.
por sorte, as folhas não tem grades. mas todo cuidado é pouco, pois grades são coisas do homem, e o homem não é tão imprevisível assim.
terça-feira, 8 de março de 2016
vida sem berço
o mundo tem um quê de incerteza, de não prever que tanto de você caberá em seu próprio berço. e àquele que nasce, não se pergunta do desejo em se concretizar enquanto vida. inevitavelmente, o corpo cresce, e o berço, outrora inexistente, não é substituído por outro espaço, nem concreto, nem afetivo. e aí, sem lugar, o mundo todo é endereço. resta saber qual será o cep determinante.
- relato inspirado em um adolescente desligado da Unidade, mas não das minhas orações. amém.
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desejo, logo realizo.
mas pra isso é preciso desejar sincero e profundo, ao ponto da rua ser toda sem saída, sendo o ponto de chegada o mesmo ponto de partida. ca...
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foi injusto, apesar de bonito, você ter me deixado o seu cheiro embrulhado. quando abri o presente senti o seu perfume em torno da minha mol...
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o inverno traz em si a vontade de ser verão, quando a gente se esconde debaixo do cobertor em plena madrugada embrigada de lua cheia.