quarta-feira, 18 de abril de 2018

sobre uma adolescente que ainda consegue sonhar...

o pai e a mãe foram assassinados na sua frente aos 5 anos, a tia a acolheu e a colocou na rua depois de um mês, os irmãos foram adotados, disse que quem tem boca vai a Roma, e que foi com essa frase que aprendeu a viver, aos 10 foi para um abrigo, onde não suportou estar por realçar o abandono, aos 12 voltou às ruas, aos 16 começou a fazer programas para se sustentar, o crime nunca foi uma opção, ela sabia que os pais a olhavam lá de cima, fez oficina de pintura, quando desenhava mesas longas com um banquete em família, tem o sonho de ser chefe de cozinha, e inventar novos pratos, pois afirma ser ótima na culinária, de tudo diz ter virado as costas para os problemas, e ter compreendido que os pais não voltariam. sentiu vontade de chorar, segurou, disse que a maioria dos seres humanos demonstram fraqueza com lágrimas, eu falei que ela podia chorar, e que por isso eras muito forte, ela então se ergueu em lágrimas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

eu até olho, mas não vejo nada

 ao olhar pra você, ainda que pondo meus olhos fixos em você, invariavelmente te perco. poderia supor que isso que evapora quando te olho é ...