sexta-feira, 17 de maio de 2019
pés na areia e prancha na onda
eu preciso da natureza como uma vírgula, de você, como reticências. hoje me deu vontade de chorar, mas nada em mim sofria. deixei a lágrima remar seu barco sem margem aparente. cruzei com você, que não estava no barco ao lado, mas na lembrança fronteiriça da saudade - esse instante que se vai, mas que fica costurado na gente. seu sotaque de mar, seus fios feitos de ondas, seu texto sem ensaio, sua vontade declarada sem xadrez. agora já somam sete dias de Lucy Rose, da sua trilha contornando a minha rotina, como se fosse presença sua nas notas musicais. sua viagem ao mundo poderia construir portos em mim, e vice-versa, para tuas viagens de distâncias, e para as minhas de ideias. parece que consigo te amar beirando o mar, te fazendo verão debaixo desse nosso cobertor. se o amanhã for nosso, prometo te fazer carinho sempre que pensar em partir. você, pode ficar, nada urge mais que nosso encontro. e ai dos ponteiros se moverem!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
desejo, logo realizo.
mas pra isso é preciso desejar sincero e profundo, ao ponto da rua ser toda sem saída, sendo o ponto de chegada o mesmo ponto de partida. ca...
-
foi injusto, apesar de bonito, você ter me deixado o seu cheiro embrulhado. quando abri o presente senti o seu perfume em torno da minha mol...
-
cobriu-se de petátas de girassol pra me receber em um dia azul cor de céu. pausou o tempo que não parava de correr nas fotos que seus olhos ...
-
o inverno traz em si a vontade de ser verão, quando a gente se esconde debaixo do cobertor em plena madrugada embrigada de lua cheia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário