arrancou o coração do peito e o colocou sob a tábua, sangrava tanto que era urgente estancar o vermelho que gritava por um novo olhar, controlou o fluxo, mas era impossível dominar as pulsações, começou então a costurar as partes que ficavam abertas, demorou tanto que precisou de vários rolos de linha até esgotar as possibilidades, nas batidas seguintes o coração sentiu dificuldade para bater, estava espremido, contido, remendado, mas aos poucos o coração foi aprendendo a falar devagar, mais silenciosamente, até encontrar formas de abrir espaços para novas histórias, e foi assim, sem perceber, que o coração acordou sem cicatriz e sem qualquer vestígio de costura, coração não guarda os machucados, coração sabe porque bater...
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70 anos e sonhando...
sonhos, os seus, não envelhecem. não porque sejam eternos - mas porque são renováveis, e mudam de cor. sonhando desde sempre, você não foi...
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Thought of You from Ryan J Woodward on Vimeo .
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de tantas idas e vindas, ficamos ~ em nós. de lá pra cá, deixamos o itinerário errante e criamos margens para nossos afluentes. plantamos se...
Só fiquei a pensar se o coração continua sob a tábua, pois longe das células humanas não sobrevive.
ResponderExcluirE você acertou, o curso do desejo é ciências sociais, mas seria com ênfase em antropologia.
ah Keila, coração continua batendo dentro do peito, e agora, um pouco mais acelerado...
ResponderExcluirC., cicatrizes fazem parte, a questão não é negá-las, mas transformá-las em caminho...