sábado, 12 de setembro de 2015

refugiados de si mesmos

e no final da contas, é uma guerra de ideias. como se as diferenças não fossem coabitáveis no mesmo espaço de tempo e de endereço. dispara-se o tiro contra o outro em sua aparente diversidade, sem se dar conta da mais profunda semelhança. criam-se fronteiras e legitimam-as como se a divisão dos mundos fosse necessária e parte da natureza das coisas. denominam como refugiados aqueles cujos corpos registram a marca da intolerância, as quais uns podem dizem que é contra o outro, mas eu diria que é em essência contra si mesmo. e nesta guerra que se arrasta há anos, é difícil encontrar qualquer fresta de razão em tantos fins justificando os meios.

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