sábado, 6 de junho de 2009

encontro de mãos


não era o toque, mas a pele que ali existia. aquelas almofadas recheadas a encantavam. davam a impressão de que nos 24 anos de existência as mãos haviam sido usadas apenas para beijar. como se tivessem sido sempre privadas de qualquer lágrima. por isso o carinho dela nas mãos dele era na verdade um prazer egoísta. ela tentava assim dar certa maciez a sua áspera palma. um verdadeiro encontro de mãos.

2 comentários:

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 ao olhar pra você, ainda que pondo meus olhos fixos em você, invariavelmente te perco. poderia supor que isso que evapora quando te olho é ...