terça-feira, 12 de julho de 2011

verbos do presente

cobriu-se de petátas de girassol pra me receber em um dia azul cor de céu. pausou o tempo que não parava de correr nas fotos que seus olhos descobriam. interrompeu o passar das horas numa contagem cuja ordem era o desejo. levou-me pra viajar num trem sem trilhos, com paradas permanentes nas histórias de outrora. dividiu comigo os verbos do presente. em plena segunda-feira me apresentou o lugar mais alto da cidade, nos aconchegamos nas nuvens, e nos embriagamos dos raios de sol que nos coloriam da saudade prestes a chegar. dias sem roteiro, pra ela que queria ser atriz. pai, mãe, irmã e sobrinho pingavam gotas de sangue nas minhas veias, que agradeciam o calor dos abraços. despedi-me sabendo que roubava dali toda a delícia de ser primavera. nada ficou pra trás, pra gente restou todo o amor do mundo.

7 comentários:

  1. quero saber quando será nosso rodeio lá..

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  2. Que coisa linda. Já disse que amo girassóis????
    Tanto que deu-me uma alegria gigante em vê-los e lê-los aqui.

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  3. Lero, será quando a gente quiser que seja...

    Lio, é claro que você estava lá, assim como é claro que você está aqui e onde quer que eu esteja...

    Keila, nesse fim de semana eu visitei um campo inteiro de girassóis, você não imagina a beleza de tantas petálas juntas em um único espaço, dava pra sentir tantas coisas que eu desconfio cada dia mais que a vida está nos olhos de quem vê...

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  4. Se restou todo o amor do mundo, pra que mais, não é?
    Adorei!

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  5. Noh, so vi agora..rsrsrs
    mt massa, estar sempre contigo Meu bem!!

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  6. se é Jéssica... se há amor, há todas as coisas por consequência...

    e meu bem, não há mesmo tempo certo pra nada, ou você acredita no que os ponteiros do relógio te contam?

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70 anos e sonhando...

 sonhos, os seus, não envelhecem. não porque sejam eternos - mas porque são renováveis, e mudam de cor.  sonhando desde sempre, você não foi...