enquanto você me abraçava, eu me encolhia pra caber milimetricamente no seu abraço, e tentava encaixar os espaços ainda resistentes, pra caber inteira dentro de você. foi muito bonito descobrir que por toda a madrugada você me fez do tamanho seu, construindo espaços pra dois. enquanto a noite me contrariava se tornando manhã, eu retardava o tempo com olhos atentos ao nosso encontro de peles. o diálogo dos nossos corpos foi permanente, e não houve um só instante em que a minha pele não encontrasse a sua, ora por desejo, ora por retribuição. sentir-me envolvida por muros de poros tão firmes, trouxe em mim vontades plurais, de morar entre as paredes dos braços seus. obrigada por deixar saudades em mim. obrigada por começar outra história.
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