quinta-feira, 27 de setembro de 2018

quando eu te deixei ir, e você ficou

teus olhos, ancorados no barco de amanhã, não me perguntam nada. já os meus pares de retina, filosoficamente, persistem numa interrogação que não ouso formular. tu não terias as respostas. estão todas cuidadosamente guardadas no silêncio do meu corpo, nas tantas possibilidades de céus de um dia após o outro, e no vapor que se respira quente do café que é das manhãs. e assim teu sossego encontrou o meu, num desencontro físico, na calada das inquietações. respirar salva! - por mim e para mim

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