terça-feira, 20 de março de 2012

presença permanente

tenho a sensação de que estou prestes a encontrar você, logo ali, na próxima esquina, no portão de entrada da noite que custa a passar, na saída da aula, nas memórias ainda expostas, na chegada ao trabalho, no canto da janela, no porta-retrato vazio, nos pedaços de papel em branco, nas cartas não escritas, a qualquer instante, e aí meu corpo procura o seu, em vão, a expectativa é mesmo a morte da realidade, prisioneira que sou das esperanças do caminho já sem volta, tenho dificuldade de sair do trilho sem destino, fico vagando entre espaços sem saída, estou ancorada a um futuro que não aconteceu.

2 comentários:

  1. puxa a âncora e acerta o leme, que existe um outro futuro logo ali à espreita, prestes a acontecer... ;)

    belo texto!

    ResponderExcluir
  2. pois é Juliana, diariamente eu quase chego lá, e a gente sabe, apesar de gostar da âncora, que navegar é preciso.

    ResponderExcluir

70 anos e sonhando...

 sonhos, os seus, não envelhecem. não porque sejam eternos - mas porque são renováveis, e mudam de cor.  sonhando desde sempre, você não foi...