terça-feira, 29 de junho de 2010

mundo da lua

o ônibus descia a avenida larga de ponto em ponto. a janela emoldurava uma pintura na ponta esquerda: era uma lua inteira acompanhando a rota feito parte do cenário. o ônibus ia e ela ia também, no mesmo canto esquerdo da janela. não se movia aquele círculo amarelo. o ônibus rodava a cidade e a lua lá, a espera de quem quisesse levá-la. mas ela morava num lugar muito distante, tão distante que os homens não podiam chegar lá. não completamente, porque alguma razão haveria de ter pra depois de alguns dias a lua se diminuir. aposto que era culpa daqueles que de tanto fitarem o brilho acabavam por privá-lo do céu. foi então que fiquei com vontade de construir no dia seguinte uma ponte pra nos levar em alguns segundos pro mundo da lua. assim, quem sabe, ela não seria sempre cheia de si?

4 comentários:

  1. sabe Paaty, ser humano também tem estações. agora parece que tudo floresce em mim, desabrocha, petala por petala.

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  2. Hey, Dé. Adorei sua visita no meu humilde territorio. Espero poder um dia chegar perto de sua poesia. A minha, como viste lá, é musical, e muito em breve te convido sim para conhecê-la. És um encanto. Um florzinha q desabrocha e encanta a todos com seu perfume. Excelente final de semana, doce poetisa.

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  3. Thi, perto você já está de todas as coisas que quer estar. sei que você sabe disso.

    acho que o seu desejo se realizou, tive um fim de semana pra contar por toda a vida...

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70 anos e sonhando...

 sonhos, os seus, não envelhecem. não porque sejam eternos - mas porque são renováveis, e mudam de cor.  sonhando desde sempre, você não foi...