segunda-feira, 3 de setembro de 2012
racionalidade do crime
o crime é então a morte do inimigo, é a morte do superego, o inimigo interior. o crime é a tradução da vitória do instinto sobre a lei externa. por isso há que se destacar que o crime é humano, parte de instintos humanos. nesta lógica, os inimigos são parte necessária desta construção, pois o indivíduo existe na medida que trava uma guerra com um semelhante, desenhado como rival. ao inivíduo cabem todas as qualidades, enquanto ao inimigo restam as negações daquilo que habita em si mesmo. para o indivíduo, o inimigo é irracional, o inimigo é transformado em animal, em patologia, e quanto mais abstrato o inimigo for, maior ele será, perdendo os limites da concretude. o inimigo é o próprio indivíduo em outro corpo. é a prova concreta daquilo que não se aceita em si mesmo. é o estilhaçamento do espelho. mata-se a si mesmo no outro. a arma apontada atira contra si mesmo. assim, o indivíduo se faz vítima, e colocando o outro enquanto inimigo justifica a violência, transpondo-a do superego para a realidade.
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