domingo, 23 de agosto de 2009

tempo da dor

agora era gado. marcado. com memória, por tantas vezes falha, findada à lembrança permanente. olhava os rostos na rua e se perguntava qual era a cicatriz de cada um, mas sabia que poucos carregavam tanto peso. ela tentava diluir tudo nas flores que costumavam colorir os dias, mas faltava desabrochar. era o começo da primavera e as pétalas ainda estavam de portas trancadas. dor também precisa de tempo, concluiu então a menina.

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