domingo, 15 de maio de 2011
não posso fechar os olhos
enrolada entre os fios dos seus poros eu me costurava em dois, tentava atar um nó suficiente pra todo o sempre, não importava se amanhã já fosse passado, os planos foram ficando pra depois, pra um dia que talvez nunca chegaria, importante era aquele agora juntando nossos retalhos de outrora, vestia-me de você, a minha nudez encontrava a sua e era inevitável a nossa fusão, evitava perder seus olhos encontrando os meus sem hora marcada, nos nossos tantos acasos, perfumava-me inteira do seu sabor, percorria o caminho do seu desejo até alcançar o gozo, pedia pra não amanhecer, pra noite caber no nosso tempo, mas já não nos era possível esconder o sol, ele escandalizava a despedida, o início da nossa saudade.
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ResponderExcluiré... quando o sol demarca a fronteira da saudade eu imploro pra que a noite destrua qualquer ponteiro que insista em dizer a hora...