segunda-feira, 5 de setembro de 2011
alívio imediato
começou pelo rosto, há quanto tempo não sentia o passear da pele, esticou as mãos até caber inteira no próprio carinho, apertou os sentidos pra perceber os poros esquecidos pelo tempo, debaixo da janela surgiu um espiral de vento que ocupou os espaços vazios e a fez fechar bem forte os olhos, transformando aquela brisa em furação de arrepios pelo corpo, agradeceu pela sensibilidade daqueles segundos tão passageiros, tentou se manter dentro deste instante o maior espaço de tempo, levou então as mãos até os braços e se escondeu em torno de si mesma, abraçou-se com saudade dos diálogos do corpo, caminhou até as pernas, encontrou cada dedo, subiu até os ombros e percebeu a tensão absorvida lá de fora, foi retirando cada dor desnecessária, apertando profundamente cada centímetro da sua trilha, até alcançar um corpo de pés encostando o solo mas enxergando nuvens debaixo deles.
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