decretava em tom de lei a proibição das casas sem teto, dos pés sem chinelos, do corpo sem alimento, do inverno sem o verão, da voz sem escuta, do desejo sem a necessidade. decretava a verdade, sem mentiras contadas por cifrões, decretava a nudez, sem roupas pra tornar distante a essência. decretava a autoridade da poesia, da música, dos pincéis, das curvas do corpo em movimento, da dança, dos olhos encontrando outros olhos, da mãos percorrendo a pele. decretava o fim dos sentimentos que extrapolavam o corpo, não sobrava espaço para o ódio, violência, inveja. decratava a obrigatoriedade do amor, em qualquer medida, a qualquer tempo, de qualquer forma. decretava a própria lei.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
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eu até olho, mas não vejo nada
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mas pra isso é preciso desejar sincero e profundo, ao ponto da rua ser toda sem saída, sendo o ponto de chegada o mesmo ponto de partida. ca...
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