sábado, 11 de abril de 2009
em crise
você é chata. insegura. tem um romantismo que faz engasgar. cansa. é natural que eles se afastem. você começa a sonhar em exagero. ultrapassa o limite estipulado por quem nasceu sem asas. pensa que ser borboleta é uma fase única. esquece do crescimento. dos passos. do tempo. vai respirar. vá correr por esses campos isolados. sozinha. no escuro. sem música. desfaça essa dependência. já não há cordões... só a abstração que você insiste em dizer que é profunda. fica aí cavando buracos sem fim e não vira o pescoço pra ver que na superfície crescem raízes. ignorante com diploma na pasta. nada sabe. e pensa que pode ensinar. entra em crise pela simples falta da própria voz. depois tem coragem de dizer que entende de coisas simples. falsa! lá fora mostra beleza e quando entra no quarto tem vergonha de se olhar no espelho. quebra. desconstrói. transforma. busca tanto que se perde quando há curvas. quer agarrar qualquer coisa que se encaixe nos próprios desejos. não sabe viver só. e principalmente não quer aprender. sai do quarto a noite pra ouvir o som de pessoas falando de qualquer assunto. incógnita. os outros criam tantas molduras que ela acaba por se enganar. tola!
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