domingo, 20 de setembro de 2009
água e óleo
o homem não consegue deixar trincar o próprio espelho. sai pro mundo e acaba abrindo portas com os mesmos segredos das suas. lá fora cria espaços no meio de tantas ruas cheias de gente. fecha-se ali um universo, particular. busca-se um reflexo com os mesmos tons de panos e sorrisos. paga-se pra não esbarrar com o desconhecido. fecha-se. na rua o homem se faz passageiro, com quatro rodas. já não sabe dos buracos das avenidas, nem das casas sem parades. vive dentro de quadrados. sorte que toda casa tem janela, pena que poucos abrem as cortinas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
eu até olho, mas não vejo nada
ao olhar pra você, ainda que pondo meus olhos fixos em você, invariavelmente te perco. poderia supor que isso que evapora quando te olho é ...
-
mas pra isso é preciso desejar sincero e profundo, ao ponto da rua ser toda sem saída, sendo o ponto de chegada o mesmo ponto de partida. ca...
-
~ primeiro sábado de 2025. há dois anos escrevo menos, falo menos, e também penso menos. mas nem tudo diminuiu: desde então eu sinto muito,...
-
foi injusto, apesar de bonito, você ter me deixado o seu cheiro embrulhado. quando abri o presente senti o seu perfume em torno da minha mol...
Nenhum comentário:
Postar um comentário