depois de tanto tempo as coisas já não são as mesmas. ocupam o mesmo espaço, mas se esparramam por corredores diferentes. ela mudou. a olho nú poderiam dizer que era a mesma, mas... era outra pra mim. são os nossos olhos que alteram tudo, até as cores! o que dirá os humores. por várias vezes, no meio das falas dela, eu me perdia em sua pintura. aos poucos voltava me agarrando nos fios castanhos-claros que emolduravam a realidade. o rosto era de verdade, mas eu só sabia concluir que era um desenho. essa menina não precisava de congelar a si mesma no tempo. ela acontecia ao vivo, na hora, uma espécie de improviso dela mesma. ela conseguia transportar para os olhos tudo que falava com o som, quase como se o que ela dissesse saísse antes dela dizer. ontem eu vi verdade através dela. ainda não sei definir o que ela era exatamente. por um tempo sentamos lado a lado nas cadeiras da sala de aula da nossa adolescência. e só. depois de tantas idas e vindas sentamos na mesma cadeira de um café. a sós. o tempo não é algo que se possa medir em segundos. eu sempre gostei de me sentir aluna de alguém. dela eu seria desde sempre. me parece que essa menina sabe amar. sabe o que é isso que a gente pensa que também sabe. por isso eu queria que o tempo pudesse ser medido por segundos. eu logo daria um jeito de colocar vários deles entre eu e ela. mas há tantas outras coisas. ela sabe disso.
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Acho que o tempo não se mede em segundos. Segundos, passam tão rápido!
ResponderExcluirPassam a passo de eternidade.
E essa, não tem limites!
Bjs!
sabia que você entenderia.
ResponderExcluirAdorei seu blog Debora!! quanto tempo, lembra de mim? bjus
ResponderExcluirobrigada Catarina. um dia ainda quero ter letras em um papel com páginas numeradas...
ResponderExcluire lembrar de você? claro que lembro! posso ouvir daqui as suas gargalhadas... rs
que bom!! vc escreve muito bem e de uma maneira agradavel de ler... parece que vc ta aki n minha frente conversando comigo kkk Parabensss!!! bjus
ResponderExcluirah... que delícia é ser lida por olhos como os seus...
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