quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

debaixo da saia

vestia-se de giros, de roda, não tão gigante, usava saias que contornavam o corpo, escondia ali os seus desejos, se fingia de menina debaixo das rendas, tricotava suas curvas um tanto quanto distantes da pele, mas se exibia, e naquela pequena fresta o convidava pra morar dali em diante dentro daquela noite, separou a madrugada inteira pra pontuar instintos, rasgar os giros, tocar os poros, impediu o chegar da manhã até o fim daqueles tempos, jogou a tinta sem imagem pré-determinada, se misturou nos passos dele, nos dedos dele, nos beijos, lábios, gosto, fez-se então mulher...

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