domingo, 6 de março de 2011

para além da fronteira

equilibrava-se pelos canteiros dos jardins, com seu all star vermelho, mentia que era flor e que brotava em qualquer chão, mas talvez fosse. focava o olhar pra além da fronteira e não perdia os passos, compreendia que o foco nos pés a fazia fugir da imensidão que era estar ali... isso até a invasão dele no mundo que era dela. não demorou muito até que ela começasse a se desquilibrar no canteiro, agora seu olhar estava cercado por coisas dele, e ela não conseguia atravessar se quer o primeiro dos muros. interrompia-se. encolhia-se. enxergava por entre molduras bem concretas. reduzia-se. afinal, não poderia caber toda a vida de outrora em apenas um porta retrato...

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