terça-feira, 3 de abril de 2012
alívio imediato
aos poucos fui quebrando tijolo por tijolo, fui abrindo os caminhos, deixando as estradas mais largas, ao ponto de não saber onde é mesmo que se começa e se existe mesmo um lugar onde se termina, deixei o trem passar quantas vezes fosse necessário, até dar vontade de entrar no primeiro vagão e descer na primeira janela avistada, aos poucos consegui deixar o tempo fluir entre o meio-fio que me conduzia invariavelmente para aquela direção, quando senti meu corpo vestido de vento descobri-me inteira, sem faltar qualquer pedaço, no fundo eu sabia que o passar dos dias me traria alívio imediato.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
70 anos e sonhando...
sonhos, os seus, não envelhecem. não porque sejam eternos - mas porque são renováveis, e mudam de cor. sonhando desde sempre, você não foi...
-
{...} desbravaríamos o mundo das cachoeiras, sem nunca esquecermos da primeira - inesquecível por assim dizer. áquaticos que somos, nos mant...
-
de tantas idas e vindas, ficamos ~ em nós. de lá pra cá, deixamos o itinerário errante e criamos margens para nossos afluentes. plantamos se...
-
há quem diga que o Manicômio de Barbacena era desumano, pois eu vos digo que fora justamente o ser humano quem o produziu (infelizmente prec...
essa não é aquela ideia de que o tempo cura? não sei. mas, pra mim, a única coisa que pode vir com o tempo é o esquecimento.
ResponderExcluirSuzi
Suzi, pra mim não há qualquer hipotese de esquecimento, na verdade, o tempo nos ajuda a lembrar. o tempo substitui a dor pela beleza das memórias.
ResponderExcluirNunca haverá o esquecimento.
ResponderExcluirHaverá, pois,
apenas a caixinha de pandora
e as marcas na pele da alma.
Estou a segui-la.
Jéssica, pela esta, que se torna completamente visível aos olhos em tempos assim.
ResponderExcluirobrigada pela visita.