sábado, 21 de julho de 2012
retrovisor
ao mesmo tempo que sigo, eu interrompo a caminhada. é insuportável aceitar que de todo o edíficio construído, reste apenas a lembrança traduzida em cimento pronto pra gestar novas formas. é inaceitável concluir que o amor, antes visto a olho nú, agora exista apenas na memória. é no mínimo intragável aceitar que outro alguém possa ocupar um espaço que eu ainda não desocupei. eu sei que nós já não existimos, mas como explicar o início das rachaduras com paredes tão firmes como as nossas? é mesmo muito difícil abandonar o barco de uma viagem que você ainda não acabou de fazer, a gente continua remando, apesar da falta de porto.
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eu até olho, mas não vejo nada
ao olhar pra você, ainda que pondo meus olhos fixos em você, invariavelmente te perco. poderia supor que isso que evapora quando te olho é ...
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mas pra isso é preciso desejar sincero e profundo, ao ponto da rua ser toda sem saída, sendo o ponto de chegada o mesmo ponto de partida. ca...
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foi injusto, apesar de bonito, você ter me deixado o seu cheiro embrulhado. quando abri o presente senti o seu perfume em torno da minha mol...
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