sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

portas de um passado

odiava dias como este, quando acordava faltando pedaço. respirava por uma necessidade do corpo, mas evitava inspirar os cheiros. abria porta por porta dos dias que se foram até alcançá-lo, mas o máximo que conseguia era uma lembrança. ele não voltava, ele já nao estava, ele já nao era ela. não se acostumava à idéia de algo que antes falava de amor e agora se quer era conhecido. lá fora ele procurava o terceiro óculos enquanto ela mal conseguia trocar as primeiras lentes. não se enxergavam. não se reconheciam. após sete anos de dias com mais de 24 horas não se conheciam. era no mínimo estranho perder algo assim.

2 comentários:

  1. Que bonito! Consegui sentir todo o estranhamento dessa relação. De repente, depois de tomar uma xícara de café, ela percebe q mora com um estranho. E aí??

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  2. e aí ela não sabe o que fazer... eu não sei o que fazer...

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70 anos e sonhando...

 sonhos, os seus, não envelhecem. não porque sejam eternos - mas porque são renováveis, e mudam de cor.  sonhando desde sempre, você não foi...