terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
os meus 25 anos
há alguns anos eu não tinha idade. nasci assim. os outros não me enxergavam com dois números à frente, com dois algarimos que me continham mais do que eu mesma, tal qual cabresto. tendo vivido o meu um quarto de século agora me pedem pra seguir a ordem númerica, sem direito a olhar pela menor fresta os dias de ontem. cobram que eu seja do tamanho dos passos dados, ainda que seja impossível qualquer exatidão. não me permitem ser uma construção dos tempos, querem que eu me transforme no instante, no presente, no segundo. querem que eu seja somente adulta! pode? e nesse desejo estão indiscretamente os pedidos de certeza, de independência, de objetos no seu devido lugar, de cores de meias iguais. o fato é que eu não sou um resultado, sou uma soma que ainda não pára de crescer e diminuir.
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o inverno traz em si a vontade de ser verão, quando a gente se esconde debaixo do cobertor em plena madrugada embrigada de lua cheia.
Lindoca para ser o que queremos, não podemos ser carregamos, precisamos caminhar. O sonho é seu, não dos outros. Lembre-se disso!
ResponderExcluirAmo vc!
tenho a impressão de que você sempre segura a ponta da minha linha. eu de um lado e você do outro. amovc!
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