quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

culpa do mar

culpa do mar. e eu achando que poderia ser maior do que todo o azul. as gotas salgadas o colocaram longe de mim. esquecendo-se das ondas que vem e vão ele apenas foi... deixou-se por inteiro batendo a cada segundo dentro de mim, mas também levou-se por inteiro mergulhando a cada convite da maré. as águas têm essa coisa de nos dizer quase tudo. eu não poderia culpá-lo. é culpa do mar, com toda essa grandeza, essa imensidão, sem ponto de chegada nem partida. se eu tivesse o mar fazendo espumas a minha porta eu também esqueceria das chaves. é o maior dos dialógos que se pode conseguir... entre o homem e o mar há muito texto, há mais linhas do que texto, mas há muito texto. é mesmo culpa do mar, o maior de todos os inocentes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

eu até olho, mas não vejo nada

 ao olhar pra você, ainda que pondo meus olhos fixos em você, invariavelmente te perco. poderia supor que isso que evapora quando te olho é ...