quarta-feira, 21 de julho de 2010

seguindo...

bastava ter movimento pra ele pegar carona. pouco importava se eram rodas, remos, olhos ou asas. queria poder mudar as paisagens sem precisar pintar as telas outra vez. cada manhã era o despertar de uma nova janela, que o mantinha até o abrir das cortinas. o trilho dele não tinha estação, era permanente o caminhar. saber-se andante era suficiente pra que ele mantivesse os passos. não se tratava de distância, mas de percorrer com a pele as esquinas que se formavam. o mundo de alguma forma não estava pronto, nem nunca estivera, nem nunca estará. era dele, todo dele, o seu caminhar.

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