Uma língua pode aproximar e afastar pessoas. Eu convivo com brasileiros, japoneses e americanos, todos morando no mesmo lugar. Mas parece que cada um continua nos limites do seu país.
As minhas conversas em inglês são sempre tão improdutivas. Como não falo a língua fluentemente eu preciso pensar nas palavras e o pensamento me atropela, impede aquele arrepio na pele. O estranho é que isso não acontece apenas comigo, ou com pessoas que não dominam o inglês. Aqueles que falam fluentemente também buscam em seu país um refúgio. Buscam nos outros um pouco de si mesmo. Os brasileiros eu sei… buscam aquele calor da terra do samba.
Sim, além da linguagem falada há a linguagem muda. As sombras na parede. O som dos passos nas trilhas de terra. As risadas jogadas ao vento. As mãos presas no corpo. As unhas roídas. O cabelo despenteado. Os lábios sem batom. Os chinelos de dedo. A roupa rasgada. Assim eu me comunicaria com qualquer pessoa. Assim não é nem preciso falar…
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debssss
ResponderExcluirbombouuuuuuuuu
se eu soubesse do teu blog , nem precisaria vir pra cá , pq lendo , saberia mais o que acontece aí do que as pessoas que te cercam. É como disse ,,, quando leio , as coisas se tornam mais reais do que foram.
tá entendendo ?
bjoss
Leo Picarelli
realidade impressa no papel... quase que a gente vive tudo outra vez... mas o melhor mesmo é ver com os próprios olhos e se deixar cegar frente as imagens vivas...
ResponderExcluirA gente tenta encontrar em fotos, músicas e até computadores um pedacinho da nossa terra, de nós... Isso acaba nos confortando em um lugar estranho. É uma maneira de trazer pra si uma parte daquilo que faz falta. É uma forma de encontrar aquilo que nos dá tanta saudade.
ResponderExcluira gente vive a se buscar nos outros. vício incontrolável.
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