quinta-feira, 21 de agosto de 2008

é hoje...


É muito importante que ele saiba da falta. Mas antes disso deve entender um detalhe. Houve felicidade também na ausência. Tantas despedidas me levaram ao telhado de mim mesma. Pra deixar ir hoje eu sei que é preciso antes me entregar com palavras, noites, flores e tempestades. Alivia a sensação de palavras ditas, sentimento explícito. Assim a morte se faz sem dor, porque a vida de fato aconteceu.

Hoje ele volta. Eu sei que quando ele foi eu nem precisei chorar. Ele alcançou as minhas conchas... onde já nem havia ondas. A gente se lia mesmo sem olhos. As costas começaram a falar tanto. As mãos... o tom da voz. Os horários. O sono. Até mesmo a cor do sorriso.

Desde o dia que ele se foi eu comecei a contar os dias até a volta. E agora... com poucas horas entre eu e ele eu me perco na tentativa de começar. Não sei exatamente onde eu parei. É que eu nem pude parar. Era muita presença dele em toda essa ausência...

2 comentários:

  1. Borboleta.
    gostei MUITO .
    amei.
    aiai
    nem sei o que se responde a um texto desse.
    mas deve ser algo como:
    aquela coisa , que a gente bUtou ,que a gente construiu , em meio a baranguices ,em meio a loucuras , em meio aos voluntas , nas viagens , na perda total do destino e no encontro da felicidade.
    love you , now and ever !

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  2. foi encontro sim! a felicidade grita entre a gente. dá pra ouvir lá do outro lado do oceano...

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70 anos e sonhando...

 sonhos, os seus, não envelhecem. não porque sejam eternos - mas porque são renováveis, e mudam de cor.  sonhando desde sempre, você não foi...