segunda-feira, 1 de setembro de 2008

áfrica nossa

Domingo, 5h. Despertador. Banho rápido. Malas no carro. Café da manhã. 6h. Rodas girando. Carro em movimento. Destino: Brazilian Day, Nova York. Fundraising. Outro lado da rua: pedinte. Expectativa sem forma. Sem saber se clara ou escura. Cada um a imaginar o fim da própria linha do trem. Tinha aqueles que já faziam do futuro o presente, traçando a incapacidade antes das mãos. Saco sem fundo. Furado. Esquecem que pra buracos há toda essa terra pra tampar. 10h. Chegamos. E com a gente a verdade de cada um aparecendo. Círculos, quadrados, pontas... Quis logo saber da minha. O que formaria a minha linha... Saí para as ruas. Falei das minhas vontades e eles logo acreditaram. As frases curtas não diminuíam a força dos olhares. Eu contei pra tanta gente desse meu sonho. E foram muitos, muitos os que me incentivaram. O valor das notas não dizia por si só. Porque teve um senhor que não encheu minha latinha, mas me levou palavras de um sonho bom. Alguns se quer esperavam eu terminar e já alimentavam os meus anseios. Teve até quem nem me deixasse dizer nada. Um homem simples, de passos lentos e fios brancos, parou pra me ouvir. Ele me deu cinco dólares entre o pouco dinheiro que tinha. Olhou dentro de mim e disse: vai com Deus menina. Sabia que iriam me fazer chorar! Tenho que agradecer por cada pilar que eles construíram em mim. Essas pessoas... são elas que vão nos levar até lá.

2 comentários:

  1. Debinha,
    me sensibilizei com sua experiencia. Poque não dizer, chorei.
    Siga seu sonho,você consegue
    Sinto saudades...
    Deus te abençoe
    Titia.

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  2. titia, vivo por esse meu sonho. é esse meu sonho que me dá vida.

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70 anos e sonhando...

 sonhos, os seus, não envelhecem. não porque sejam eternos - mas porque são renováveis, e mudam de cor.  sonhando desde sempre, você não foi...