sábado, 6 de setembro de 2008

memória que arde

Me diz: onde eu coloco toda essa minha saudade? Quando eu a despejo nas palavras ela empurra as laterais do meu corpo. Fica ainda mais espaçosa. Egoísta. Querendo arrebentar a pele. Rasga! O estranho é que nestes momentos eu não sinto vontade de fugir, eu cutuco a dor. Escrevo mais dos detalhes que não vejo. Saio correndo atrás dessa ausência... pra deixar algo concreto. E funciona. Minha memória arde por tamanha insistência em trazer as lembranças pra cá. Imaginar faz realizar... eu tenho certeza disso.

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