quarta-feira, 3 de setembro de 2008
notas sem som
Nas ruas de Boston eu fico criando teorias sobre estas notas sem som. De um caminhão sempre saem tantos números cinco. Das pessoas mais simples é que vêm as maiores doações. Não acostumadas a terem muito estas pessoas conseguem abrir as mãos, chegando até a esvaziá-las certas vezes. Mas pra quem tem contas altas é complicado tirar um dólar. Há um apego maior ao dinheiro quando há riqueza. É tão contraditório... Porém, também é preciso deixar claro que os números não dizem tudo. Houve quem doasse algumas moedas acreditando ser ponte entre eu e Angola. Teve quem colocasse quantias maiores sem nem ouvir as minhas intenções. Estes me roubam fôlego, porque me privam do que mais busco nas doações: o brilho nos olhos. Ainda bem que tenho meu pai pra dizer: “Filha, cada um tem uma forma de olhar.”
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eu até olho, mas não vejo nada
ao olhar pra você, ainda que pondo meus olhos fixos em você, invariavelmente te perco. poderia supor que isso que evapora quando te olho é ...
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mas pra isso é preciso desejar sincero e profundo, ao ponto da rua ser toda sem saída, sendo o ponto de chegada o mesmo ponto de partida. ca...
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foi injusto, apesar de bonito, você ter me deixado o seu cheiro embrulhado. quando abri o presente senti o seu perfume em torno da minha mol...
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