segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
planeta apertado
já não cabia em qualquer pedaço de mundo. no quarto dela, onde existiam as coisas dela, ela já não cabia. não cabia no coração dos outros, nem no coração da mãe. ela não sabia mais como não pertencer apenas a si mesma. tantos nãos. era uma questão de querer mesmo. ela já não queria essa vida que era a mesma de antes. preferia os instantes de solidão e quarto de paredes mal pintadas. ela não iria desistir. não agora, depois dos passos deixados por aí. ela ainda lembrava dos sorrisos de dentes mais brancos que o escuro de uma noite. ela sabia das suas razões. essa menina... ela enfrentava as pontas afiadas com pés de bailarina, mas as pontas arredondadas ela não conseguia ultrapassar. detestava formas perfeitas, encomendadas. desejava ser feliz e depois que fora não sabia como ser novamente. não se tratava de um estado de espírito, isto era mentira inventada por ilusões de conforto. ela precisava se doar nem que fosse pra uma estrela apenas.
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o inverno traz em si a vontade de ser verão, quando a gente se esconde debaixo do cobertor em plena madrugada embrigada de lua cheia.
pq tu sente tudo q eu sinto?
ResponderExcluirporque no final das contas somos os mesmos, feitos das mesmas coisas, com as mesmas necessidades...
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