domingo, 9 de maio de 2010
mãe!
houve um tempo que eu morava lá dentro dela. era um pouco sem forma, sem rosto, sem pele. não cabia em um porta retrato e ainda assim já existia. houve um tempo que eu era um sonho dela. ela me criava e tinha nos desejos pincéis cheios de cores. naquele tempo eu crescia dentro dela. ela me protegeu até que eu que estivesse pronta pra encarar a vida lá fora. depois desse tempo, desses nove meses, eu ainda tive receio de me separar dela. umbigo umbilical. eu ainda era dela, dependia dela, respirava por ela. e hoje que trilho as vontades minhas percebo facilmente o quanto ainda sou ela. ela está aqui, nos meus contornos, nos meus traços desenhados. não há quem não a enxergue em mim e não há quem não me enxergue nela. pra isso não tem tempo. é coisa da eternidade. é coisa de mãe. é coisa de filha. é... eu vou morar pra sempre dentro dela...
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desejo, logo realizo.
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