quarta-feira, 26 de novembro de 2008
pelas ruas de Nova York
Ele me coroou com um chapéu. Depois disso, quis saber de mim como se tivesse fome de me descobrir. Enquanto a música corria apressada a gente dava passos lentos. Ele já riscava o nosso amanhã, que de fato aconteceu... apesar de não ter sido exatamente o dia seguinte. Foi nesse amanhã que nos derramamos num sofá. Tentamos saber do outro com palavras, mesmo sabendo que não haveria tempo para o desfecho. O silêncio foi a parte que eu mais ouvi. A gente ali... se desvendando a partir da pele. Negro de mãos grossas. Dormiu em questão de segundos quando desenhei linhas em seu rosto. A sombra dos pingos de chuva molhavam a face dele... Este homem disse que seria mágico se nós tentássemos ser um só. Eu me escondi atrás do meu desejo pra cortar as curvas sem conteúdo. Ele acordou com sede de conversa e só se deu conta das horas quando lá fora começou a iluminar. Fui embora sem me despedir, mas levei o perfume dele nas luvas que ele esqueceu...
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desejo, logo realizo.
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o inverno traz em si a vontade de ser verão, quando a gente se esconde debaixo do cobertor em plena madrugada embrigada de lua cheia.
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