- quero saber. vamos fazer uma viagem agora? você vai entrar, ou vai ficar na estação? se for entrar, vou também. então... eu queria ter uma casa só para pintar as paredes. pense... molhar os pés na água do mar, depois de tanta areia, o mar... e aí... sentar no banco da praça e ficar imóvel enquanto o vento move seu corpo inteiro. e mais. chegar em casa e querer seu quarto. sua vida.
- não, não consigo acompanhar.
- tenho mãos vazias assim. você sente vontade de quê?
- de achar um lugar.
- os lugares são tão frios, tão concretos. mas se você tiver olhos qualquer lugar será lugar.
- adoro descobrir lugares. uma vista linda, uma pedra, uma cachoeira, um mar.
- e esses lugares não existem? a tal ponto de você precisar achá-los? talvez você precise caminhar... as coisas são tão simples, são bonitas por serem assim. e quando a gente começa a procurar muito longe, sinto que é porque dentro não estamos bem.
- adoro você, uma detetive de ilusoes.
- fiquei rindo aqui por achar tão bonito isso.
- acabo de ver uma frase que acho a sua cara: "se atire para lua mesmo que você erre se aterrisará em uma estrela".
- odeio internet, te daria um abraço sem fim agora. vou te emprestar um remo, pra você remar comigo. depois, você me devolve, porque aí ja remará sozinho. quanta poesia. quanta metáfora. será que eu penso que assim é mais fácil de decifrar? será que eu evito a realidade, a nudez?
- torna-se mais subjetivo
- comprei tanta bala que meu pai perguntou se eu era vendedora. todo dia parece que precisa adoçar.
- cuidado
- não gosto dessa palavra.
- juízo
- nem dessa, mas tenho cuidado e juízo.
- cautela??
- loucura!
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
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o inverno traz em si a vontade de ser verão, quando a gente se esconde debaixo do cobertor em plena madrugada embrigada de lua cheia.
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