quinta-feira, 19 de agosto de 2010
rasgando papéis
tenho horror a estes instantes em que o meu nome surge em destaque em pedaços de papel que classificam o que eu sou, e por descuido e vaidade, eu leio o meu nome e começo a acreditar que aquilo me define. essa história de títulos, diplomas, prêmios não podem representar pessoas. há pouco tempo eu soube disso, mas os dias vão nos sugando e a gente querendo acelerar o caminhar das horas imprime a nossa pele em papéis descartáveis. é tão pequeno se descrever em linhas... por sorte os papéis se rasgam e na poeira das coisas de ontem ainda vejo gritar em mim um arrepio dos poros de gente que é grande porque aprendeu a amar, e só a amar...
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o inverno traz em si a vontade de ser verão, quando a gente se esconde debaixo do cobertor em plena madrugada embrigada de lua cheia.
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