domingo, 7 de novembro de 2010
chove em mim
o céu quando transborda espalha gotas pelos telhados da minha casa. debaixo daquele teto eu mantenho a minha indiferença às lágrimas vindas das nuvens. a pele seca finge proteger-se da chuva, quando na verdade é a chuva que protege os olhos lá de cima. por vezes eu me contento com o som que gota por gota faz ecoar em torno de mim. as janelas ficam maiores e a gente deixa de abri-las pra separar o corpo da tempestade que não é nossa. mas aquele som de pingo encontrando o chão me atrai e eu vou até lá, me despindo das capas de proteção e me fazendo correnteza. e se essa água que escorre se esvai pelos rios encontrando o mar, há de chegar o dia em que eu me farei completamente oceano.
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