domingo, 21 de novembro de 2010
enchente nos olhos meus
a chuva silencia as outras vozes lá fora e faz a noite cantar com seus pingos encontrando a terra. esta música regada pelo vapor já condensado escorre pelos meus corredores e faz enchente nos olhos meus. a janela fica mais irresístivel que nos dias de sol e eu me estico entre os seus limites me tornando espectadora das águas que correm em mim. chove pelas montanhas do meu corpo, chove pelas curvas da minha pele, chove pelos caminhos dos meus poros. se chove lá fora, chove também dentro de mim.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
70 anos e sonhando...
sonhos, os seus, não envelhecem. não porque sejam eternos - mas porque são renováveis, e mudam de cor. sonhando desde sempre, você não foi...
-
{...} desbravaríamos o mundo das cachoeiras, sem nunca esquecermos da primeira - inesquecível por assim dizer. áquaticos que somos, nos mant...
-
de tantas idas e vindas, ficamos ~ em nós. de lá pra cá, deixamos o itinerário errante e criamos margens para nossos afluentes. plantamos se...
-
há quem diga que o Manicômio de Barbacena era desumano, pois eu vos digo que fora justamente o ser humano quem o produziu (infelizmente prec...
Nenhum comentário:
Postar um comentário