terça-feira, 18 de novembro de 2008

arrecadação de fundos em Newark

Eu sabia que participar deste programa me traria muitas explosões. Esta terceira arrecadação de fundos tem sido assim... sem muitas páginas em branco.

Semana passada começamos a trabalhar em Newark (NJ), cidade vizinha a Nova York. Chega a ser estranho falar inglês por aqui, onde vivem cerca de 20 mil brasileiros. Até mesmo porque Newark é a cidade que abriga a maior comunidade portuguesa nos Estados Unidos. Na rua principal, chamada Ferry Street, a maioria dos comércios são brasileiros ou portugueses. É neste cenário que eu estou pedindo doações. No meu primeiro dia aqui eu fiquei na porta de um restaurante, no horário de almoço. Passaram muitas pessoas, mas pareciam estar surdas, porque não me ouviam falar com elas. Também não me enxergavam. E olha que eu parava bem na frente delas. Eu não sei lidar com isso e minha única forma de expressão nestas horas são as lágrimas, que tentam desabafar a falta da consciência humana. Chorei e surgiu o Geraldo. Este homem merece um texto só pra ele... Geraldo conhece a terra mais do que as formigas. No nosso primeiro dia em Newark ele nos levou até a Irounbound Ambulance Squad, que presta serviços de emergência a comunidade local. Conversamos com o Manny, um português que trabalha há 25 anos na organização. Ele está nos ajudando muito. Dia 29 de novembro ele irá conosco arrecadar fundos por aqui. Ele faz isso normalmente representando a organização quando alguém pede ajuda a ele. Manny ficará conosco em um sinal de trânsito usando um mega-fone para pedir doações e nós ficaremos com nossas latinhas passando de carro em carro. Ele disse que da última vez que fez isso conseguiu arrecadar 1.700 dólares. Além disso, ele vai oferecer à população um curso de babysitting, sobre primeiros socorros e reanimação cardiopulmonar. O curso custará 65 dólares, sendo que 45 serão para a nossa arrecadação de fundos. Agora nós temos é que correr pelas ruas de Newark e matricular o maior número possível de pessoas.

Hoje o Geraldo nos apresentou um artista plástico que também irá nos ajudar. Ele vai nos doar 200 camisas para que nós possamos vendê-las. É assim... pode ser que nas ruas a gente não encontre ninguém, mas sinto que existem muitas mãos me segurando...

2 comentários:

70 anos e sonhando...

 sonhos, os seus, não envelhecem. não porque sejam eternos - mas porque são renováveis, e mudam de cor.  sonhando desde sempre, você não foi...