quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
até hoje é ele
nós dois nos bastavamos. lembro dos dias de frio com pedaços de sol deitados na grama. em uma noite de estrelas na altura dos olhos eu e ele fomos para a varanda e de lá falamos de coisas que a gente jamais poderia ver. na cozinha a gente misturava as mãos com os sabores. colocavamos os dedos nas massas e lambiamos tudo com o nosso desejo permanente. ele não gostava de músicas e eu precisava da altura máxima do som. eu e ele erámos coisa única. se me viam sozinha me perguntavam por ele. ele estava em mim assim como eu estava nele. eram longas as nossas gargalhadas, mais longas que os trilhos de um trem. por isso eu digo com toda a certeza do mundo que os nossos dias tinham bem mais que 24h dentro deles.
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