As cores enfeitam demais.
O menino chorava atrás do mundo que ele não queria que o visse.
Encolhido ele se fechava em um abraço cheio de pele.
Chorava sem medir, até soluçava.
Em voz alta dizia os sentimentos que as lágrimas não podiam.
Sussurrava a dor em pedaços de vento.
Mas acontece que ele vestia uma camisa amarela.
Naquele tom que eu disse que teria pudores em usar.
Um amarelo cor de todas as cores.
Eu olhava e parecia que as lágrimas secavam
com o sol que refletia da malha viva.
Tudo se confundia com felicidade.
Eu não conseguia achar triste
um menino de cabelo enrolado chorando lágrimas douradas.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
70 anos e sonhando...
sonhos, os seus, não envelhecem. não porque sejam eternos - mas porque são renováveis, e mudam de cor. sonhando desde sempre, você não foi...
-
{...} desbravaríamos o mundo das cachoeiras, sem nunca esquecermos da primeira - inesquecível por assim dizer. áquaticos que somos, nos mant...
-
de tantas idas e vindas, ficamos ~ em nós. de lá pra cá, deixamos o itinerário errante e criamos margens para nossos afluentes. plantamos se...
-
há quem diga que o Manicômio de Barbacena era desumano, pois eu vos digo que fora justamente o ser humano quem o produziu (infelizmente prec...
Nenhum comentário:
Postar um comentário