Ser criança é como manter o balanço na parte mais alta e acreditar que o céu fica no final da amarelinha. Eu nunca achei crianças infantis. Aliás, sou apaixonada pelas conversas delas. A gente tem mania de criar etapas, como se crianças, adolescentes, adultos e idosos não pudessem fazer as mesmas coisas. Na verdade a idade não existe, é apenas uma forma de contar o tempo. Não sei como alguém pode se prender a uma simples contagem. Tenho 23 anos mas amo brincadeiras, risadas de madrugada, meias coloridas, tênis de bolinha, lacinhos no cabelo, vestido rodado, blusa cor-de-rosa, gritos estridentes, bonecas com cabelos compridos, parque de diversão, pulos de manhã, caretas, bolo de chocolate com confetes, cartas de amor recortadas, caneta roxa, arrepios ao andar na floresta, coração acelerado e sempre apaixonado, música no último volume, estrelas na parede, lápis de cor… gosto de viver minha imaginação.
Ontem brincamos de Máfia e Adedanha aqui na montanha. Como eu me diverti… e o sorriso ainda está aqui, guardado no canto dos lábios meus, na pureza das mãos lisas…
terça-feira, 17 de junho de 2008
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