quarta-feira, 25 de junho de 2008

washington dc

As cidades nunca são iguais. Dá pra sentir que o vento toca a gente de uma forma diferente em cada uma delas. Domingo eu fui para Washington DC, a capital dos Estados Unidos. A maioria dos turistas que vão até esta cidade conhecem a Casa Branca. Nós também escolhemos este ponto turístico como o primeiro da nossa lista. Acontece que no caminho eu não tive vontade nenhuma de ir até lá. Não tive curiosidade em saber onde o presidente do país mora. Queria mesmo era saber dos olhos que cruzavam com os meus na rua. Mas lá fomos nós.

Em seguida fomos ao National Museum of History Geografic. Me senti feito formiga num mundo tão cheio de histórias, explicações, pesquisas, descobertas, evolução. Quis entender todos os porquês em uma hora. Passava a mão nas minhas pernas pra acalmar os fios enlouquecidos com tantos arrepios. Este é um museu de verdade, onde os sentimentos são despertados e você quase pode pegar as sensações na palma das mãos. Gruta com som artificial. Elefante em tamanho natural, que de tão real você enxerga barro na pele. O diamante do filme Titanic, o Heart Diamond Ring, e seus reflexos cintilantes. A evolução do homem, os fósseis, a formação da terra, o sistema solar... e a terra continuando a girar. As fases de uma borboleta. Quanta metamorfose! A lagarta comendo a planta... a vida acontecendo ali, no momento exato. As melhores fotos do mundo do oceano e as pessoas se afogando dentro delas. O homem das cavernas. A nossa origem nas escrituras do Egito. Andando ali é fácil perceber que sabemos tão pouco. Talvez apenas onde estamos, sem termos idéia de quem somos, do que já fizemos, sem saber das nossas próprias pegadas esquecidas no chão.

A tarde pegamos um ônibus e fomos para George Town, um bairro de Washington DC. Mais lojas... e lojas! Em uma delas cadeiras que fazem massagem. Que ninguém que eu conheça compre uma dessas. Não podemos aposentar nossas mãos dessa forma. É tão estranho pagar para relaxar o corpo. Acho que isso tem mais a ver com o estilo de vida do que com máquinas. Caso alguém precise eu ainda tenho mãos e posso fazer uma massagem, simplesmente pelo toque e troca de peles.

2 comentários:

70 anos e sonhando...

 sonhos, os seus, não envelhecem. não porque sejam eternos - mas porque são renováveis, e mudam de cor.  sonhando desde sempre, você não foi...